terça-feira, 10 de fevereiro de 2015


Porque falar de Exú?
Porque esta é a época do domineo dele. O  "Guardião ", AQUELE QUE AO FINAL DA QUARESMA TERÁ QIE PRESTAR CONTAS A OGUM E OXALÁ.

Entendendo Exú:

Na antiguidade, todos  os orixás eram homens. Homens que se tornaram orixás por causa de seus poderes. Homens que se tornaram orixás por causa de sua sabedoria. Eles eram respeitados por causa da sua força, Eles eram venerados por causa de suas virtudes. Nós adoramos sua memória e os altos feitos que realizaram. Foi assim que estes homens tornaram-se orixás. Os homens eram numerosos sobre a terra. Antigamente, como hoje, Muitos deles não eram valentes nem sábios. A memória destes não se perpetuou. Eles foram completamente esquecidos; Não se tornaram orixás. Em cada vila, um culto se estabeleceu Sobre a lembrança de um ancestral de prestígio E lendas foram transmitidas de geração em geração, Para render-lhes homenagem”.
Exu também foi um homem “de carne e osso”, um ser humano real, que um dia se tornou um ancestral, como outros orixás, por suas lutas, coragem, ousadia, inteligência, audácia, sabedoria, força, etc.
 Exu era um dos companheiros de Odùduà, quando da sua chegada a Ifé, e chamava-se Èsù Obasin. Tornou-se, mais tarde, um dos assistentes de Orunmilá, que preside a adivinhação pelo sistema de Ifá. Tornou-se o rei de Kêto sob o nome de Èsù Alákétu. Como orixá, veio ao mundo com um porrete, chamado ogò, que teria a propriedade de transportá-lo, em algumas horas, a centenas de quilômetros e de atrair, por um poder magnético, objetos situados a distâncias igualmente grandes. Conta uma das lendas yorùbá, que Orunmilá tinha três filhos: Ogum, Xangô e Exu. Este último era muito briguento, vivia lutando. Ele era diferente porque não era filho de Iemanjá, deusa do mar, mas de Oxum, deusa do oráculo e da adivinhação. Um dia, Exu disse a mãe que estava com fome e queria comer um animal doméstico, ela consentiu, mas a fome não passou. Ele comia tudo o que via pela frente: árvores, pastos, animais, chegou até mesmo comer o mar. 
Ele estava pronto para comer o céu, quando Orunmilá ordenou a Ogum que matasse o irmão. Assim foi feito, e a paz voltou a reinar temporariamente. Depois disso, o pouco que sobrou dos rebanhos foi dizimado pelas pestes, as colheitas não produziam frutos e os homens caíram doentes. Um sacerdote de Ifá consultou o Opelê Ifá e este respondeu que Exu estava com ciúmes e queria mais atenção, mesmo em forma de espírito. Desse dia em diante, nenhuma oferenda foi possível sem que Exu fosse servido em primeiro lugar.

O  papel de Exu,  é o de mensageiro. Ele faz a ligação entre os homens e orumilá. E ainda, o elemento de transição entre o céu (orun) e a terra (aiye). Coerente com seu lugar místico, privilegiado, é ele quem abre todos os trabalhos e quem carrega todos os ebós (trabalhos) para os lugares designados.

Em, 10/02/15 - MT

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